Quais são seus vícios emocionais?

vicio emocional

Quando falamos em vícios, os primeiros que vêm à cabeça são os vícios de beber, fumar ou usar drogas.

Mas você acha realmente que esses vícios são os únicos responsáveis por arruinar a vida de uma pessoa?

E se eu te disser que você mesmo produz dentro do seu organismo, substâncias poderosas e capazes de te levar do “inferno” ao “céu”, e vice-versa.

De fato, não há quem possa derrubar uma pessoa motivada, com auto-estima elevada, crenças fortalecedoras e inteligência emocional.

Estes itens são capazes de superar até mesmo a falta de conhecimentos.

Por outro lado, baixa auto-estima, crenças limitantes, dificuldades de lidar com críticas e obstáculos, falta de habilidade no trato com as pessoas, entre muitas outras características, podem transformar um profissional de grande potencial em colecionador de resultados medíocres.

A grande maioria das pessoas investe todos os seus esforços em adquirir conhecimentos e aprender técnicas, acreditando que o saber fazer será sua garantia de sucesso.

Esquecem-se porém, de se preparar física e principalmente emocionalmente para enfrentar os obstáculos que certamente virão.

E diante dos primeiros embates metem os pés pelas mãos e colocam tudo a perder.

Desde o nascimento e ao longo de toda a vida passamos por diversas experiências e “aprendemos” a lidar com elas.

Este “aprendizado” é um processo complexo que passa por um filtro unicamente seu.

Gera pensamentos, sentimentos e emoções.

Vamos experimentando novos comportamentos, alimentos ou substâncias que nos fazem sentir algo.

E a cada sentimento gerado, nosso cérebro produz uma emoção e substâncias químicas correlacionadas.

Estes elementos químicos circulam em nossa cabeça e produzem efeitos que são percebidos como bons ou ruins.

As sensações e as emoções associadas são armazenadas e gravadas na memória e a cada nova experimentação, vão sendo reforçadas.

Até que um dia cria-se um novo hábito e você se torna “dependente” sem nem mesmo perceber.

E quando pensar em buscar o prazer ou fugir da dor, você recorrerá ao vício que já se mostrou eficaz.

Alguns alimentos ou substâncias como as drogas ilícitas produzem rapidamente efeitos que geram prazer ou entorpecem – te fazem “esquecer” a dor.

Mas, assim como o efeito vem rápido, ele passa rápido também.

E logo você desejará mais uma porção ou dose daquilo.

Seja pra sentir novamente o prazer ou apenas pra jogar uma cortina de fumaça sobre os seus problemas.

Podemos dizer que toda a motivação humana vem da busca do prazer ou da eliminação do dor.

E da mesma forma que no vicio químico a pessoa busca o prazer ou a eliminação da dor no álcool e outras drogas, há também o vicio emocional, que independe de você comer, beber, injetar ou introduzir de qualquer outra forma, alguma substância no seu corpo.

O vicio emocional é a dependência de certas emoções e dos respectivos hormônios gerados a partir delas.

Nosso cérebro tem seu próprio laboratório farmacêutico, capaz de produzir substâncias que ele necessita pra funcionar mas que também podem viciar.

Diante da vontade de obter prazer ou de afastar/evitar a dor, o ser humano é capaz de aprender a se comportar ou repetir aqueles comportamentos capazes de gerar as emoções que ele quer.

A cada emoção, o cérebro produz uma química através da qual as células se comunicam e esta comunicação também acaba gerando novos pensamentos e novas emoções.

Assim, da mesma forma que há pessoas viciadas em álcool, cigarros, drogas sintéticas, há também pessoas que buscam no vicio emocional a motivação pra viver.

Utilizam comportamentos e relacionamentos desesperadamente até encontrar e produzir a química capaz de “atender” suas necessidades e desejos.

Todos nós somos viciados em alguma coisa: alguns trabalham demais, brigam demais, reclamam demais.

Outros são viciados em perder dinheiro, em ser traídos, em se relacionar com a pessoa errada, viciados no sentimento de solidão, viciados em servir (de “capacho”), entre muitos e muitos outros.

Uma pessoa viciada em problemas, precisa desesperadamente arrumar um problema qualquer, mesmo quando está tudo bem e quando o encontra, “bebe” daquela química produzida (como por exemplo o cortisol – hormônio do stress) e se sacia.

Para cada sentimento ou composição de sentimentos o cérebro produz uma química correlata, que as pessoas buscam consciente e principalmente inconscientemente repetir.

Na verdade, nem todo vicio emocional é totalmente negativo mas a sua “cura” passa obrigatoriamente pela troca ou eliminação de padrões de comportamento.

Por outro lado, toda dependência é limitante e o maior risco é quando o vício se torna tão habitual que você passa a achar que é a sua única saída.

Lembre-se sempre: a diferença entre o remédio que cura e a droga que mata está na dose.

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